Evolução da Pós-Graduação na UFES - 2016

São 4510 estudantes matriculados em cursos de Mestrado (2620), Doutorado(796) e Especialização (1094). Em 2015, foram 1833 estudantes de pós-graduação diplomados.

Nos últimos dez anos o número de cursos de mestrado na UFES passou de 25 para 58 (crescimento de 132%), e os de doutorado de 5 para 27 (crescimento de 440 %). Anualmente são abertas nestes cursos cerca de 1.200 vagas para novos alunos em cursos stricto sensu (mestrado e doutorado). 

O resultado da Avaliação Trienal da CAPES 2010-2013 trouxe importantes notícias para nossa instituição. No último triênio o número de programas de pós-graduação da UFES aumentou 31%, superando significativamente a média nacional de 23% e seguindo a tendência de crescimento acima da média. Entretanto, a notícia mais importante é o fato de que não foi apenas um aumento quantitativo, a qualidade dos programas aferida por seu conceito CAPES também melhorou significativamente. Foram 13 cursos que tiveram melhoria de conceito nesta avaliação em relação à anterior. Os programas com conceito 4 e 5 já representam a maioria dos programas da instituição (52%), indicando a consolidação da pesquisa e pós-graduação na instituição. Temos agora 7 programas com conceito 5.

A ampla maioria dos cursos que não melhorou o conceito é formada por cursos de implantação recente, ou seja, ainda encontram-se em consolidação. A produção científica, o número de estudantes titulados e de estudantes matriculados aumentou expressivamente. De acordo com o SCOPUS, a UFES agora está entre as Top 100 universidades Ibero-latino-americanas em produção científica indexada e entre as Top 50 universidades Latino-americanas.

Embora tenha ocorrido uma melhoria na qualidade média dos cursos, é necessário continuar o processo de aprimoramento dos cursos consolidados e auxiliar a consolidação dos cursos com conceito 3. Com o objetivo de auxiliar a elaboração de projetos estruturantes, elencando os pontos a serem atacados para a consolidação e/ou melhoria do conceito na Capes, a UFES criou o PROPOS - Programa de Melhoria da Pós-Graduação da UFES. O programa está dividido em 2 partes principais. A primeira, visa levantar elementos de diagnóstico das condições atuais do programa e de seu contexto na área de conhecimento da Capes. A segunda, visa apresentar as estratégias e metas a serem adotadas/estabelecidas para melhoria de conceito dos programas, incluindo ações de curto, médio e longo prazo.

Nesse contexto, inicialmente, os colegiados de cada Programa de Pós-graduação (PPG) produziram documentos contendo análises sobre o desempenho de cada PPG e das estratégias de apoio da PRPPG, recomendando diversas ações relacionadas ao funcionamento dos PPGs e da PRPPG. Tais ações variam desde a atualização de parques de informática à criação de programa institucional específico para a tradução de artigos para periódicos. Em uma segunda etapa, os documentos produzidos pelos PPGs foram analisados por uma equipe de pesquisadores de elevado desempenho acadêmico, fornecendo estratégias de consolidação e melhoria para os PPGs e a PRPPG.

Atualmente, podemos dividir os programas de nossa instituição em 5 grandes grupos:

Programas nota 5

Programas consolidados, que atingiram maturidade científica, e que agora devem definir estratégias para chegar ao conceito 6 ou 7. As notas “6” e “7” são reservadas para os programas classificados como nota “5” na primeira etapa de realização da avaliação trienal, e atendam necessária e obrigatoriamente duas condições: i) apresentem desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência na área, ii) tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas da área.

Programas nota 4

Programas em consolidação, que atingiram maturidade científica para a criação do doutorado, e que agora devem definir estratégias para chegar ao conceito 5, abrindo as portas para novos ativos de financiamento e oportunidades de parcerias. O conceito 5 é considerado o nível “MUITO BOM” da CAPES.

Programas novos com nota 3: Cursos recém-implantados ou que passaram por apenas uma ou duas avaliações.

Estes são os cursos considerados novos pela Capes e ainda estão dentro do tempo de maturação. Entretanto, é importante considerar que a Diretoria de Avaliação da Capes considera que cursos que já passaram por 3 avaliações e permanecem com nota 3 são cursos “problemáticos”. Neste caso, os cursos considerados novos devem desenvolver estratégias para buscar a melhoria de conceito antes da terceira avaliação. Uma meta razoável para estes programas é a criação do doutorado em curto ou médio prazo. Esta ação passa pela melhoria do conceito Capes para 4. É importante salientar que um curso que não tenha ainda conceito 4 na última avaliação da Capes pode, excepcionalmente, propor a criação do doutorado, caso demonstre que seus indicadores de desempenho são similares aos demais cursos 4 de sua área de avaliação.

Programas 3x3: Cursos que desde sua criação permanecem com conceito 3, indicando que apesar da idade ainda não houve sua consolidação.

Estes são os cursos considerados como 3x3 pela Capes, ou seja cursos que são nota 3 a pelo menos 3 avaliações. Os cursos nesta situação merecem uma atenção especial por parte de suas coordenações e da instituição. A Diretoria de Avaliação da Capes tem feito um grande esforço no sentido de avaliar, acompanhar e/ou reformular estes cursos antes da próxima avaliação trienal. A ideia central das discussões é que já existiu tempo suficiente para a consolidação destes programas, mas alguns motivos levaram o curso a uma não consolidação. Estes programas serão individualmente discutidos durante a próxima avaliação trienal. A Diretoria de Avaliação tem discutido amplamente este “problema” com todos os coordenadores de área, que já fizeram reuniões com os coordenadores de curso para explicar a situação corrente, diagnosticar os problemas e propor soluções de melhoria. Desta forma, é preciso traçar estratégias de curto prazo para a melhoria de conceito na já para a próxima avaliação que abrangerá o quadriênio 2013-2017. Caso esta melhoria de conceito não aconteça, o resultado da avaliação deve, ao menos, indicar que o programa estaria implementando transformações suficientes para sua melhoria. 

Programas nota 3: Cursos que no passado possuíam conceito mais elevado (4 ou 5), mas tiveram uma redução do conceito CAPES.

Estes cursos já possuíram conceito mais elevado (4 ou 5), mas mudanças no corpo docente/discente, forma de avaliações ou outros fatores externos levaram à redução do conceito CAPES. Estes programas precisam identificar os fatores que levaram à queda de desempenho na avaliação e propor estratégias para a recuperação do conceito.

De maneira geral, até o momento, foram observados os seguintes resultados:

  1. Um dos resultados mais importantes foi a educação dos jovens coordenadores sobre a metodologia de avaliação da CAPES e o entendimento por parte dos docentes das metas de produção em relação aos outros programas da área.
  2. Comprometimento da alta administração da instituição, incluindo aporte financeiro para a melhoria da infraestrutura dos programas, internacionalização, páginas institucionais de internet, apoio para a tradução e revisão de artigos científicos e outros.
  3. Melhoria da qualidade e precisão dos dados no preenchimento das coletas de dados encaminhados à CAPES, atestada pelos comitês de avaliação.
  4. Definição de critérios de credenciamento de docentes com base nas metas de conceito para cada programa.
  5. Delineamento de estratégias para aumento da produção discente específicas para cada Programa.
  6. Compartilhamento de estratégias entre os programas.
  7. Importante engajamento com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado com a definição de uma agenda conjunta.
  8. Necessidade de ação continua de acompanhamento dos programas, para ajustar as estratégias.
  9. Os problemas dos programas são bastante similares, mas cada um precisa de uma estratégia específica.

Em 2014 foi iniciada a primeira revisão do PROPOS/UFES com base no resultado das avaliações obtidas em 2014. Durante o ano de 2015 foram realizadas as reuniões de acompanhamento com os programas para revisão de suas metas e estratégias de curto, médio e longo prazo. Em 2016, o foco é o fechamento das informações do quadriênio com vistas a avaliação 2017, analisando principalmente a consistência e coerência de projetos e linhas de pesquisa e sua inter-relação com a proposta do programa, traçando as estratégias para o preenchimento correto das informações (curto prazo) e para o planejamento das ações de longo prazo de cada programa.

Como principais desafios para 2016, são indicados os seguintes pontos:

1.Consolidação dos cursos 3
2.Alguns cursos passaram rapidamente de 4 para 5, outros se mantém já a algum tempo. O que fazer ?
3.Critérios de permanência não são suficientes em alguns casos, precisamos aumentar a produtividade média dos docentes. Quais as melhores estratégias para inclusão de novos docentes ?
4.Melhor integração entre PPG, Departamentos e Graduação
5.Estratégias para incremento da produção discente
6.Internacionalização
7.Estratégias de longo prazo para cursos 6 e 7
 

 

 

 

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