Evolução da Pós-Graduação na UFES - 2018

São 5274 estudantes matriculados entre cursos de Mestrado (2895), Doutorado (1057) e Especialização (1322). Em 2017, foram 1448 estudantes de pós-graduação diplomados.  A UFES é responsável por 76% dos programas de pós-graduação do Estado do Espírito Santo e por 90% dos cursos de doutorado.

A UFES é uma das 21 Instituições de Ensino Superior brasileiras que possui mais de 50 Programas de Pós-Graduação (PPGs), contando com 60 PPGs. Desses 5 são em associação com outras instituições. O número atual de PPGs é fruto da expansão e consolidação da pós-graduação nos últimos anos. Nos últimos dez anos, o número de cursos de mestrado na UFES passou de 30 para 60 (crescimento de 100%), e os de doutorado de 8 para 27 (crescimento de 238 %). Anualmente são abertas nestes cursos cerca de 1.200 vagas para novos alunos em cursos de mestrado e doutorado. 

Em 2012, a UFES iniciou um programa de melhoria da Pós-Graduação chamado PROPOS, que tem como objetivo a melhoria gradual do conceito CAPES dos PPGs. A ideia central do programa é a implantação de planejamento estratégico de cada PPG, estabelecendo metas de desempenho que levem em consideração os critérios de cada uma das 49 áreas de avaliação da CAPES e recomendações descritas nas fichas de avaliação da DAV. Para se atingir tais metas os programas devem estabelecer ações estratégicas na área acadêmica, captação de recursos, revisão de currículos e incentivos à produção científica e tecnológica. Importante ressaltar que a captação de recursos nos meios institucionais, como no CT-INFRA/FINEP e CAPES-PROEQUIPAMENTOS, está associada à previsão de ações e metas no PROPOS.

Como resultado das ações estratégicas, houve significativa melhoria de qualidade dos PPGs da instituição. Em 2010, a UFES possuía apenas 13 cursos de doutorado, sendo apenas 3 com conceito CAPES igual a 5 (0,5% dos PPGs com essa nota). Em 2013, a UFES passou a ter 18 cursos de doutorado, sendo 7 com conceito CAPES igual a 5 (1,2% dos PPGs com essa nota). Na última avaliação, em 2017, a UFES já apresentou 27 cursos de doutorado, sendo 13 com conceito CAPES igual a 5 (1,7% dos PPGs com essa nota). Além destes, a UFES possui mais 2 cursos em associação com outras instituições, que possuem conceito 5. Ou seja, o crescimento dos PPGs com nota 5 vem aumentando percentualmente ao longo dos últimos 3 ciclos avaliativos.

Além do crescimento dos Programas nota 5, na Quadrienal 2017, 08 PPGs passaram de conceito 3 para conceito 4. Desta forma, os programas com conceito 4 e 5 já representam a maioria dos programas da instituição (58%), indicando a consolidação da pesquisa e pós-graduação na instituição.

A maioria dos cursos que não melhorou de conceito na Quadrienal 2017, é formada por cursos de implantação recente, ou seja, ainda encontram-se em processo de consolidação. Isso exigirá de ações entre a PRPPG e os PPGs de planejamento conjunto para superação da nota 3.

O desempenho da UFES na Quadrienal 2017 indicou crescimento da produção científica, do número de estudantes titulados e matriculados. Em 2017, a UFES atingiu o marco de 1000 publicações indexadas na base SCOPUS por ano. De acordo com o SCOPUS (SCIMAGO Institutions Rankings), a UFES agora está entre as Top 50 Universidades Latino-americanas em pesquisa, considerando critérios como número de publicações, colaboração internacional, impacto, qualidade dos veículos, excelência e liderança científica.

Próximos passos

Embora tenha ocorrido uma melhoria na qualidade média dos cursos, é necessário continuar o processo de aprimoramento dos cursos, desenvolvendo ações face às demandas diferenciadas dos Programas (consolidados e os em consolidação).

Além disso, é mister um planejamento consistente para alcance da nota 6 por 1 ou mais PPGs da Ufes. Hoje dos 418 Programas de Excelência na Capes (notas 6 e 7), 316 estão na região sudeste, mas o estado do Espírito Santo não possui nenhum Programa de Pós-Graduação considerado de excelência.

Nesse planejamento assume centralidade o PROPOS (Programa de Melhoria da Pós-Graduação), cujo objetivo é auxiliar a elaboração de projetos estruturantes, elencando os pontos a serem atacados para a consolidação e/ou melhoria do conceito na Capes.

No PROPOS, os próprios programas elaboram seus planos de ação com o apoio da PRPPG e consultores da instituição. Atentos aos desafios para a Quadrienal 2017-2020, a PRPPG em 2018 iniciou uma segunda etapa do PROPOS com a criação de procedimentos para avaliação externa de cada PPG. Neste contexto, avaliadores externos indicados pelas áreas de avaliação da CAPES analisarão, anualmente, os indicadores dos programas e as estratégias propostas para melhoria de conceito dos programas, elaborando relatórios para a PRPPG, Câmara de Pós-graduação e colegiados dos cursos. Os programas deverão preparar planos de ação com base nos documentos da CAPES e relatórios elaborados pelos avaliadores externos e a câmara de pós-graduação criará comissões de acompanhamento dos programas e de seus planos de ação. Desta forma, espera-se o acompanhamento mais próximo das ações ao longo do quadriênio.

Atualmente, podemos dividir os programas de nossa instituição em 5 grandes grupos:

Programas nota 5

Programas que receberam conceito “Muito Bom” em pelo menos quatro dos cinco quesitos existentes na Ficha de Avaliação da Capes, entre os quais terão que figurar necessariamente os quesitos 3 e 4. São Programas considerados consolidados e que atingiram maturidade científica. Para esses programas se coloca a tarefa de definirem estratégias para alcance futuro das notas 6 ou 7.

As notas “6” e “7” são reservadas para os programas classificados como nota “5” na primeira etapa de realização da avaliação quadrienal e que atendam necessária e obrigatoriamente duas condições: i) apresentem desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência na área, ii) tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas da área.

A internacionalização é uma condição necessária para a obtenção do conceito 6, mas não uma condição suficiente. É preciso que os outros indicadores do programa apontem para o nível de excelência esperado (produção, nucleação e liderança). Desta forma, deve haver o compromisso do colegiado de criar um plano de ação para levar o programa ao conceito 6 em até 2 avaliação quadrienais, incluindo o alinhamento de suas políticas acadêmicas, critérios de credenciamento de docentes, oferta de vagas, requisitos de publicações discentes e demais indicadores.

Programas nota 4

Programas em consolidação, que atingiram maturidade científica para a criação do doutorado, e que agora devem definir estratégias para chegar ao conceito 5, abrindo as portas para novos financiamentos e oportunidades de parcerias. O conceito 5 é considerado o nível “MUITO BOM” da CAPES.

Ainda neste grupo, temos os programas que receberam nota 4 nesta avaliação e devem buscar a criação do doutorado. A PRPPG vem apoiando os programas na elaboração de seus projetos para submissão ainda em 2018.

Programas novos com nota 3: Cursos recém-implantados ou que passaram por apenas uma ou duas avaliações.

Estes são os cursos considerados novos pela Capes e ainda estão dentro do tempo de maturação. Entretanto, é importante considerar que a Diretoria de Avaliação da Capes considera que cursos que já passaram por 3 avaliações e permanecem com nota 3 são com "problemas". Neste caso, os cursos considerados novos devem desenvolver estratégias para buscar a melhoria de conceito antes da terceira avaliação.

Uma meta razoável para estes programas é a criação do doutorado em curto ou médio prazo. Esta ação passa pela melhoria do conceito Capes para 4. É importante salientar que um curso que não tenha ainda conceito 4 na última avaliação da Capes pode, excepcionalmente, propor a criação do doutorado, caso demonstre que seus indicadores de desempenho são similares aos demais cursos 4 de sua área de avaliação.

Programas 3x3: Cursos que desde sua criação permanecem com conceito 3, indicando que apesar da idade ainda não se consolidaram.

São os cursos considerados 3x3 pela Capes, ou seja cursos que são nota 3 em, pelo menos, 3 avaliações consecutivas. Os cursos nesta situação merecem uma atenção especial por parte de suas coordenações e da instituição. A PRPPG tem feito um grande esforço no sentido de avaliar, acompanhar e/ou reformular estes cursos antes da próxima avaliação CAPES. A ideia central das discussões é que já existiu tempo suficiente para a consolidação destes programas, mas alguns motivos levaram o curso a uma não consolidação. Desta forma, é preciso traçar diagnóstico preciso dos gargalos que impediram o progresso do curso e, a partir daí, traçar estratégias de curto prazo para a melhoria de conceito já para a próxima avaliação que abrangerá o quadriênio 2017-2020.

Programas nota 3: Cursos que no passado possuíam conceito mais elevado (4 ou 5), mas tiveram uma redução do conceito CAPES.

Estes cursos já possuíram conceito mais elevado (4 ou 5), mas mudanças no corpo docente/discente, forma de avaliações ou outros fatores externos levaram à redução do conceito CAPES. Estes programas que também precisam identificar os fatores que levaram à queda de desempenho e propor estratégias para a recuperação do conceito.

A caminho da Quadrienal 2021 (2017-2020)

Desafios da PRPG em suas ações conjuntas de acompanhamento dos PPGs da Ufes

Como principais desafios para 2018-2019, são indicados os seguintes pontos:

  1. Implantação da avaliação externa dos Programas de Pós-Graduação da UFES
  2. Definir estratégias de consolidação dos cursos nota 3 jovens (<10 anos de existência)
  3. Reestruturação dos cursos 3 x 3, pois são cursos com potencial elevado de serem descredenciados na próxima avaliação

De modo geral há necessidade de:

  1. Definir melhor as estratégias de inclusão de novos docentes em Programas de Pós-Graduação.
  2. Implantar uma rigorosa política de recredenciamento anual de docentes antes do lançamento de editais de seleção de estudantes. Docentes com produtividade insuficiente segundo critérios do comitê da Capes não deveriam receber novos alunos para não ampliar o problema.
  3. Discutir estratégias para aumentar a produção discente, que é o item que mais tem crescido em peso nas avaliações.
  4. Definir estratégias para levar pelo menos dois cursos para o nível 6 na próxima avaliação.
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